Por Marcela de Hollanda
Seja em mim o mar. Aquele que de
mansinho começa a me beijar os pés, mas que revolto, em seguida, me inunda, me
engole e me devolve à superfície renovada, de alma lavada. Aquele que me deixa
só pra levar pra longe tudo aquilo que não quero, mas que sempre volta pra
refrescar o que é saudade.
Seja em mim o vento. Aquele que de
leve beija meu rosto aliviando o calor dessa longa caminhada, mas que revolto,
em seguida, me descabela toda, me desorienta e me obriga a sair do lugar.
Aquele que não preciso ver pra sentir e que faz o meu mundo balançar.
Seja pra mim o fim de outros começos e
outros fins. Seja a linha que não tem chegada. Seja pra mim as respostas que
contêm em si novas perguntas. Seja a razão pra eu perder a razão. Seja você.
Assim. Do jeitinho que você é.
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