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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Como a chuva nos faz falta: quando só se chove lá fora

Por Danilo Marcks


Em minha dramaturgia Como a chuva nos faz falta, que ficou em cartaz ano passado em Copacabana e Ipanema e que agora volta em forma de curta-metragem, tento explicar ao público como é lidar com o tal click pelo qual passamos quando percebemos que um amor não era amor.
Na peça, o casal vive uma relação onde nenhum dos dois sabe se ama o outro ou não. Ficam em dúvida o tempo inteiro. Apenas sabem o que têm: o presente. A relação. O entre.
Esse presente acaba virando passado e o casal tenta no futuro, a todo instante preservar aquele presente que agora é passado. Complicado? Não muito. O que acontece é que ambos não percebem e não conseguem reconhecer que o que viviam não era amor. Não era o tal do amor mútuo. Era cada qual com o seu amar. Não era a dois. Era de dois. E amor de filme não é assim. Amor de filme é de um. Um de único. De onipresente. De uma só força. É assim. É a vida


Continua...


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