Acredito que em
algum lugar aqui dentro de mim tenha de tudo. Se não de tudo, o equivalente a
células-tronco emocionais, comportamentais, com potencial para formar qualquer
combinação de fatores. Eu não sou tudo que tenho em mim. Eu sou aquilo que
escolhi ou precisei disso tudo. Eu sou eu e continuo carregando, em algum
lugar, todo resto.
Se nisso não
acreditasse, minha profissão seria para mim mero fingimento. Bem ou mal
fingido, mas fingido. Acho que isso não me interessaria. O que me interessa é
poder ir lá. Lá onde a maioria das pessoas não vai. Lá onde eu nem sei onde
fica. Buscar, mesmo correndo o risco de não encontrar, coisas novas e intocadas
capazes de construir um outro eu. Um eu que eu vou deixar me ocupar enquanto
ele precisar. Para esses outros eus, coisas minhas eu até posso emprestar. Sei
que eles também são capazes de me ajudar, de me ensinar, de deixar algo em mim,
de transformar.
E assim,
aproveito para tirar o proveito de muitas vidas em uma só. Atuando estou agindo
em mim e com sorte nos eus que me assistem também. É para isso que sou o que
sou.
Gostou do que leu? Esse texto é de autoria de Marcela de Holanda e sua reprodução total ou parcial dependem de prévia autorização da autora. Entre em contato conosco para maiores informações.
Os comentários postados abaixo são abertos ao público e não expressam a opinião do blog e de seus autores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela gentileza! Aguardamos a sua volta.