Por Danilo Marcks
Você já ouviu falar no Poliamor? Vive
isso? Sabe o que é? Bem, eu tenho tentado entender. Desde que cheguei a São
Paulo tenho escutado esse termo para designar as novas relações amorosas e as
que estão por vir. Poliamor é (do grego πολύ - poli,
que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática, o desejo, ou a
aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o
conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. Poliamor é frequentemente
descrito como consensual, ético, responsável e não-monogâmico. Ou seja, a possibilidade de amar vários e várias ao
mesmo tempo. Que seja um único amor, mas distribuído para tantos outros. Sem
brigas, sem amarras e sem ciúmes. Será?
O poliamor tem sido substituído pelo termo
“relacionamento aberto”, onde na maioria dos casos, pelos amigos e colegas que
vivem isso, é um relacionamento cheio de regras. Aberto sim, mas não tão assim.
No poliamor, ao contrário, existe apenas uma regra: ambos conhecem e sabem dos
outros amores e por muitas vezes vivem uma relação entre todos eles. Múltiplos
amores. Não há traição. Dizem os adeptos. É como: “mentiras sinceras, me interessam”.
Numa era de aplicativos
e sites de relacionamentos com milhões de ofertas, o poliamor se encaixa como
uma luva para cobrir nossas superficialidades e a falta de decidir por quem
ficar. É tanta oferta que temos o medo de arriscar em apenas um e aí por que
não ter vários?O problema é que por muitas vezes você está sendo sincero com o
seu parceiro ou parceira, eles vivem o poliamor, mas só você ainda não sabe. Ser
verdadeiro, onde se abrir e se arriscar de fato, de carne, seria um equívoco
tremendo e faria perder outras tantas possibilidades num polidance de pessoas preenchidas
de relações rasas e sem aprofundamento, de um ser humano cada vez mais
angustiado e cheio de carências...
Em outras palavras, o
poliamor vale como opção ou modo de vida, onde se defende a possibilidade
prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações
íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros
simultaneamente, onde ambos e todos estão de acordo e cientes. Será que é
possível dar-se conta de tudo isso? No fundo, no fundo, todo mundo quer um
“homem pra chamar de seu”, sejam eles ou elas. Querem ouvir um único Eu te amo,
mas que seja único e verdadeiro.
Gostou do que leu? Esse texto é de autoria de Danilo Marcks e sua reprodução total ou parcial dependem de prévia autorização do autor. Entre em contato conosco para maiores informações.
Os comentários postados abaixo são abertos ao público e não expressam a opinião do blog e de seus autores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela gentileza! Aguardamos a sua volta.