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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Poliamor, Poligamia ou polidance?

Por Danilo Marcks

      Você  ouviu falar no Poliamor? Vive isso? Sabe o que é? Bem, eu tenho tentado entender. Desde que cheguei a São Paulo tenho escutado esse termo para designar as novas relações amorosas e as que estão por vir. Poliamor é (do grego πολύ - poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática, o desejo, ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. Poliamor é frequentemente descrito como consensual, ético, responsável e não-monogâmico. Ou seja, a possibilidade de amar vários e várias ao mesmo tempo. Que seja um único amor, mas distribuído para tantos outros. Sem brigas, sem amarras e sem ciúmes. Será?

       O poliamor tem sido substituído pelo termo “relacionamento aberto”, onde na maioria dos casos, pelos amigos e colegas que vivem isso, é um relacionamento cheio de regras. Aberto sim, mas não tão assim. No poliamor, ao contrário, existe apenas uma regra: ambos conhecem e sabem dos outros amores e por muitas vezes vivem uma relação entre todos eles. Múltiplos amores. Não há traição. Dizem os adeptos. É como: “mentiras sinceras, me interessam”.

       Numa era de aplicativos e sites de relacionamentos com milhões de ofertas, o poliamor se encaixa como uma luva para cobrir nossas superficialidades e a falta de decidir por quem ficar. É tanta oferta que temos o medo de arriscar em apenas um e aí por que não ter vários?O problema é que por muitas vezes você está sendo sincero com o seu parceiro ou parceira, eles vivem o poliamor, mas só você ainda não sabe. Ser verdadeiro, onde se abrir e se arriscar de fato, de carne, seria um equívoco tremendo e faria perder outras tantas possibilidades num polidance de pessoas preenchidas de relações rasas e sem aprofundamento, de um ser humano cada vez mais angustiado e cheio de carências...

      Em outras palavras, o poliamor vale como opção ou modo de vida, onde se defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente, onde ambos e todos estão de acordo e cientes. Será que é possível dar-se conta de tudo isso? No fundo, no fundo, todo mundo quer um “homem pra chamar de seu”, sejam eles ou elas. Querem ouvir um único Eu te amo, mas que seja único e verdadeiro.



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