Por Danilo Marcks
Talvez eu tenha interpretado errado
Talvez seja apenas uma forma de
ocupar o vazio
O seu vazio
E o meu vazio?
Talvez seja a forma de como é tão vasto e
rápido
Não é fácil perder algo de que se tem
costume
Nos acostumamos com a voz do outro, com
o cheiro, com o ligar e o desligar
Não é tão simples como eu posso
imaginar
Ocupar e tapar os buracos desta ferida
Eu tenho tentado. Eu sei.
Por quê não, também?
Quem disse que é amor?
Eu disse ou eu acho?
Talvez queiramos sempre tapar buracos
Quem sabe a gente neste exato momento
não esteja sendo um tapa ferida de alguém?
Um band-aid, que logo cai sozinho
Nem sempre somos o amor de alguém
E nem sempre podemos apagar o outro
como queríamos
E nem sempre podemos amar o outro como
queríamos
Às vezes é necessário esse buraco bem
aberto pra perceber que era amor
Que é amor.
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