Cada dia da nossa vida é de um jeito. Sem regras ou com regras.
De qualquer forma, nada é igual.
Aqui cada dia é dia de um texto diferente.
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Talvez...

Por Danilo Marcks

Talvez eu tenha interpretado errado
Talvez  seja apenas uma forma de ocupar o vazio
O seu  vazio
E o meu vazio?
Talvez seja a forma de como é tão vasto e rápido
Não é fácil perder algo de que se tem costume
Nos acostumamos com a voz do outro, com o cheiro, com o ligar e o desligar
Não é tão simples como eu posso imaginar
Ocupar e tapar os buracos desta ferida
Eu tenho tentado. Eu sei.
Por quê não, também?
Quem disse que é amor?
Eu disse ou eu acho?
Talvez queiramos sempre tapar buracos
Quem sabe a gente neste exato momento não esteja sendo um tapa ferida de alguém?
Um band-aid, que logo cai sozinho
Nem sempre somos o amor de alguém
E nem sempre podemos apagar o outro como queríamos
E nem sempre podemos amar o outro como queríamos
Às vezes é necessário esse buraco bem aberto pra perceber que era amor
Que é amor.

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