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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Presidente da nação - Parte um

Por Rec Haddock

Acredito que poucos de vocês saibam, mas já há muito não moro em terras canarinhas ou tupiniquins. A bem da verdade, se você quer saber, ninguém mais mora nessas terras, porque os canarinhos e tupiniquins de bom senso que prezaram por preservar as suas vidas já saíram do Brasil há mais tempo que eu, deixando a Pátria Brasileira órfã destes filhos.

Mas por muito tempo, antes da velhice, morei aí, nesta terra do passado. Não digo isso pelo Brasil ser um país atrasado – o é – mas porque moro a leste da antiga Ilha da Vera (mulher dita religiosa, mas que na verdade pegava toda rolinha que pudesse com sua rede), e por isso, para mim, o dia nasce antes e morre antes.

Na época de minha vida em que ainda morava no Brasil, quando Dilma ainda governava, muitas coisas esquisitas aconteciam por lá (ou aí, se você estiver lá). E essa história se passou naquela fase:

Neste momento você pode escolher ler a fábula que aconteceu de verdade, ou pode apenas pular pra moral da história se você não quiser saber de mais enrolação. Se você escolher pular para a moral, pule para a parte do texto onde está escrito: MORAL! Para fins de proteção dos indivíduos, transformarei todos em animais, sem simbologia alguma, mas manterei os nomes reais de todos porque, afinal de contas, um nome é um nome, e vários podem ter o mesmo nome, de modo que a melhor forma de proteger a identidade de alguém é dar um falso nome real, ou ainda um nome real falso. Um falso nome falso, por sua vez é o nome real e tem pouca serventia, porque são poucos os que querem ser quem – ou o que - de fato são.

FÁBULA: Certo dia acordei de um sonho maluco. O que sonhei não vem ao caso, mas se querem tanto saber, o sonho envolvia três lhamas, um vaso de petúnias e a grande barreira de corais tomando umas cervejas em um pub irlandês.

Quando acordei percebi que tinha me transformado em um inseto duro e de muitas patas. O primeiro pensamento que me veio à cabeça – já pensando como o autor que viria a me tornar – obviamente foi o de plágio. Não queria ser eu o imbecil que plagiaria Kafka. O meu segundo pensamento foi de que. O meu segundo pensamento foi interrompido pelo toque da campainha.


FINAL DA PARTE UM.


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