Por Amanda Leal
Estela terminou sua apresentação que nessa altura do campeonato, estava lotando todos os dias e foi para um hotel, onde ficaria até tudo isso terminar. Preferiu jantar sozinha no quarto e diante de uma garrafa de vinho começou a refletir sobre sua vida. Estava abalada com tudo o que havia acontecido, afinal, havia perdido o marido. Fosse ela a culpada ou não, em algum momento (penso eu) a consciência pesaria e a dor viria.
Refletiu ali sentada, em frente a uma
taça já vazia. Se perguntava se não teria sido melhor ter filhos e que talvez,
agora, num momento como esse não estivesse se sentindo tão sozinha. Se ao menos
sua cobra não tivesse desaparecido (isso acontecera desde o dia do crime) ela
teria alguém para quem desabafar.
O tempo foi passando, a garrafa
esvaziando e Estela adormeceu ali. Recostada na mesa, acordou apenas quando
sentiu algo gelado se enroscar em sua perna. Abriu os olhos num desespero
absurdo e quando recuperou os sentidos pós - sono, vinho e susto,
avistou Krya, a cobra.
Vasculhou o quarto procurando alguém,
numa mistura de desespero com coragem e imediatamente pegou o telefone e ligou
para a polícia. Depois disso, Estela, não conseguiu mais dormir.
Continua...
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