Por Bernardo Sardinha
Constrangido, eu entrego o potinho cheio do meu sêmen
para o enfermeiro. Vamos aliviar o clima? - penso.
- Toma essa porra! - disse eu com um sorriso nos
lábios me achando super engraçado.
O enfermeiro revira os olhos e começa a etiquetar meus
meninos.
Ele balança o pote, o analisa e por algum motivo
balança outra vez.
- Faz isso não se não eles vão ficar abobalhados! -
minha segunda tentativa.
Friamente o negão diz que balançar é para ver a
consistência do material e que isso não iria influenciar no resultado final.
Fica um silêncio desagradável e eu rapidamente penso
em uma piada, que não envolva um trocadilho com a palavra “porra” para o “Senhor
humor de alto padrão”.
Desesperado eu apelo:
- Você viu o jogo do Flamengo ontem?
O enfermeiro me entrega um papel e diz que o resultado
vai estar disponível na internet, na próxima quinta.
Derrotado pela circunspecção daquele enfermeiro, me
retirei para lavar a alma no bar onde haveria gente bêbada o suficiente para
rir das minhas histórias.
Gostou do que leu? Esse texto é de autoria de Bernardo Sardinha e sua reprodução total ou parcial dependem de prévia autorização do autor. Entre em contato conosco para maiores informações.
Os comentários postados abaixo são abertos ao público e não expressam a opinião do blog e de seus autores.
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