Por Rec Haddock
Acordei
sozinho. Ela tinha dormido comigo, mas isso não era mérito. Ela só dormiu aqui
porque não tinha como voltar para a casa da mãe.
Uma
fresta na janela deixava um feixe fraco de luz entrar para denunciar a poeira
que voava no quarto. A casa realmente estava suja demais. A poeira dançava e
dançava, e me perguntei porque o meu nariz não coçava.
Não
podia afirmar que a culpa era só dela, mas era principalmente. Ontem, quando
cheguei em casa encontrei a cama feita só do lado dela. Apenas a louça que ela
usou estava lavada, apenas as roupas dela estendidas.
Ela
deve ter ido embora, pensei.
Acabou.
Mas
ninguém sabe do futuro, e a esperança é a última que morre porque preferimos
viver em um futuro virtual do que nos relacionarmos com o duro presente de
ausência. Sei lá.
Choveu
no futuro?
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