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terça-feira, 29 de julho de 2014

Estava de dia e as luzes da rua ainda estavam ligadas

Por Rec Haddock

Acordei sozinho. Ela tinha dormido comigo, mas isso não era mérito. Ela só dormiu aqui porque não tinha como voltar para a casa da mãe.

Uma fresta na janela deixava um feixe fraco de luz entrar para denunciar a poeira que voava no quarto. A casa realmente estava suja demais. A poeira dançava e dançava, e me perguntei porque o meu nariz não coçava.

Não podia afirmar que a culpa era só dela, mas era principalmente. Ontem, quando cheguei em casa encontrei a cama feita só do lado dela. Apenas a louça que ela usou estava lavada, apenas as roupas dela estendidas.

Ela deve ter ido embora, pensei.

Acabou.

Mas ninguém sabe do futuro, e a esperança é a última que morre porque preferimos viver em um futuro virtual do que nos relacionarmos com o duro presente de ausência. Sei lá.


Choveu no futuro?



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