Por Bernardo Sardinha
"Vamos! Concentre-se!" - respirou fundo e deixou o roupão cair. Modelo vivo. O emprego perfeito para quem era um exibicionista nato. Buscava uma explicação lógica para aquilo. Devia ter um ancestral índio que gostava de andar pelado pelo mato e se mostrar para as índias, ou descendia de uma nobre linhagem de tarados que gostavam de tirar a roupa e mostrar a genitália. Talvez fosse os dois. Quem sabe?
Embora seu corpo não mostrasse ainda, ele era pura exitação. Um monte de mulher, olhando o seu corpo nu.
- Muito bom - sussurrou a professora para a gatinha da terceira fila.
"Muito bom? Tá gostando é? Quer mais!?" - pensou para imediatamente se censurar.
Durante um bom tempo, a única coisa que se escutava era o som do grafite riscando o papel. Nem um pio, um suspiro de tédio, nada. E de repente, tudo ficou chato e sem graça. Seu pervertido interior apagou, morreu, deixou de existir ou fora completamente saciado. Sentiu que seus ancestrais, índio e tarados, o olhavam com desprezo naquele momento.
Teria que então, buscar outra alegria na vida, qualquer coisa que não fosse mostrar seu corpo por aí, porque, infelizmente, ele se regenerou.
Por Bernardo Sardinha
"Vamos! Concentre-se!" - respirou fundo e deixou o roupão cair. Modelo vivo. O emprego perfeito para quem era um exibicionista nato. Buscava uma explicação lógica para aquilo. Devia ter um ancestral índio que gostava de andar pelado pelo mato e se mostrar para as índias, ou descendia de uma nobre linhagem de tarados que gostavam de tirar a roupa e mostrar a genitália. Talvez fosse os dois. Quem sabe?
Embora seu corpo não mostrasse ainda, ele era pura exitação. Um monte de mulher, olhando o seu corpo nu.
- Muito bom - sussurrou a professora para a gatinha da terceira fila.
"Muito bom? Tá gostando é? Quer mais!?" - pensou para imediatamente se censurar.
Durante um bom tempo, a única coisa que se escutava era o som do grafite riscando o papel. Nem um pio, um suspiro de tédio, nada. E de repente, tudo ficou chato e sem graça. Seu pervertido interior apagou, morreu, deixou de existir ou fora completamente saciado. Sentiu que seus ancestrais, índio e tarados, o olhavam com desprezo naquele momento.
Teria que então, buscar outra alegria na vida, qualquer coisa que não fosse mostrar seu corpo por aí, porque, infelizmente, ele se regenerou.
Gostou do que leu? Esse texto é de autoria de Bernardo Sardinha e sua reprodução total ou parcial dependem de prévia autorização do autor. Entre em contato conosco para maiores informações.
Os comentários postados abaixo são abertos ao público e não expressam a opinião do blog e de seus autores.
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