Por Rodrigo Amém
Epaminondas sonhava criança com a Harley rasgando a terra árida, gata e
garupa. De começo, cascalho era empecilho, não pele de estrada. Quanto mais
possante e cromado sonhava, maior a distância entre Epaminondas e seu cavalo de
ferro. Mas Epaminondas foi lá. Geral brincou, ele estudou. Geral namorou, ele
trabalhou. Geral foi feliz, ele poupou. Pregou a vida no sonho e vice-versa.
Virou avô, careca, barrigão. Mas motoqueiro. Idade é cabeça, geral diz. Mas a
dona Vilma, esposa do Epaminondas, de calça de couro de oncinha, é irrefutável.
Idade também é bunda. E a do Epaminondas murchou de esperar.
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