Por Marcela de Hollanda
- Pai, quando eu crescer, eu quero ser
igual a você.
- Sério, filho? Que legal ouvir isso.
Quer dizer que você quer ser assim alto e fortão?
- Não, pai. Eu já alcanço tudo o que
eu preciso.
- Então você quer ser um advogado de
sucesso.
- Não, pai. Eu quero ser músico ou
astronauta.
- Ah... Então você quer ser igual ao
papai como?
- Eu quero ser um cara bom como você.
- Você me acha um cara bom?
- O melhor.
- Não sou o melhor não, filho. Mas eu
me esforço.
- Eu sei, Eu me lembro daquele dia que
um menino chegou perto de você pedindo uma moedinha e você mandou ele tomar
banho. Ele nem era nada seu e mesmo assim você ensinou que a higiene era mais
importante do que o dinheiro.
- É....
- E teve também aquele dia de manhã
que o outro menino deixou a bala no retrovisor e você foi embora quando o sinal
abriu sem devolver. Pra ele não comer bala antes do almoço.
- Filho... É.... Eu não sei nem o que
dizer.... É.... Quando eu crescer, eu quero ser igual a você.
Gostou do que leu? Esse texto é de autoria de Marcela de Hollanda e sua reprodução total ou parcial dependem de prévia autorização da autora. Entre em contato conosco para maiores informações.
Os comentários postados abaixo são abertos ao público e não expressam a opinião do blog e de seus autores.
Parabéns!
ResponderExcluirTexto Genial!
Fim totalmente inesperado e bem conduzido!
Nota dez!
Mandou muito bem. Infelizmente essa é a nossa realidade.
ResponderExcluirAdorei as respostas do filho.
Carla Pinheiro