Por Bernardo Sardinha
Era
manhã de natal em um apartamento de setecentos metros quadrados em uma área
nobre qualquer da cidade do Rio de Janeiro. O pequeno Duda, menino bem nutrido
e com seus doze anos de idade corre para abrir os presentes espalhados ao pé da
brilhante árvore de natal de dois metros de altura. Sobre os olhares carinhosos
de seus pais ele rasga cada pacote de presente, sem dó. Adorou o jogo do Call
of Duty, agradeceu trinta vezes pelo box de DVD´s da última temporada de Dexter, sua série
favorita, e começou a brincar de tiro ao alvo com as empregadas usando sua arma
de paintball. Mas seu presente favorito de longe foi: Uma raquete de matar
mosquitos. Ele saiu correndo com ela em mãos e deu um abraço apertado nos pais:
“Agora vou poder matar de verdade!” Aquele grito ecoou pelo vão do prédio,
gelando a espinha dos empregados, mesmo sabendo que o garoto se referia aos
mosquitos.
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