Por Bernardo Sardinha
Abri os meus olhos e tinha uma estranha ao meu lado. Olhei em volta assustado e rapidamente me dei conta de que não estava em meu quarto. Levantei devagarinho e atordoado fui ao banheiro.
Quando acendo a luz e me vejo no espelho, tomo um susto. Eu não me reconheço mais. Não reconheço nada a minha volta. Enquanto a mulher dorme de boca aberta na cama, ando pelo modesto apartamento, e descubro vários porta retratos com fotos de possíveis familiares, meus e dela. Na cozinha há vários pratos quebrados e na porta dos fundos, uma mala abarrotadas com roupas colocadas de qualquer jeito.
Ainda estava juntando os pedaços da minha suposta vida e ela aparece na cozinha de camisola e calcinha e pergunta:
- Você realmente me perdoa?
Ao invés de dizer “Não lembro de nada! Não sei quem sou! E nem quem é você! Eu tô com uma espécie de amnésia! Me leva para o médico agora! E se esses pratos quebrados forem meus você vai pagar por eles, sua vaca!”, eu acenei com um sim, um sorriso e uma cara de pau mais dura do mundo. Ela me abraçou e no meio de um soluço disse que me perdoava também.
Afinal, para perdoar de verdade é preciso esquecer. E somente o tempo vai me dizer se a ordem dos fatores não altera o resultado.
Abri os meus olhos e tinha uma estranha ao meu lado. Olhei em volta assustado e rapidamente me dei conta de que não estava em meu quarto. Levantei devagarinho e atordoado fui ao banheiro.
Quando acendo a luz e me vejo no espelho, tomo um susto. Eu não me reconheço mais. Não reconheço nada a minha volta. Enquanto a mulher dorme de boca aberta na cama, ando pelo modesto apartamento, e descubro vários porta retratos com fotos de possíveis familiares, meus e dela. Na cozinha há vários pratos quebrados e na porta dos fundos, uma mala abarrotadas com roupas colocadas de qualquer jeito.
Ainda estava juntando os pedaços da minha suposta vida e ela aparece na cozinha de camisola e calcinha e pergunta:
- Você realmente me perdoa?
Ao invés de dizer “Não lembro de nada! Não sei quem sou! E nem quem é você! Eu tô com uma espécie de amnésia! Me leva para o médico agora! E se esses pratos quebrados forem meus você vai pagar por eles, sua vaca!”, eu acenei com um sim, um sorriso e uma cara de pau mais dura do mundo. Ela me abraçou e no meio de um soluço disse que me perdoava também.
Afinal, para perdoar de verdade é preciso esquecer. E somente o tempo vai me dizer se a ordem dos fatores não altera o resultado.
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