Por Amanda Leal
Sala. Dia. Duas malas grandes estão no corredor, há uma mochila e duas sacolas também.
Ele escreve um bilhete:
"Vou ao jogo do Brasil, espero que na volta possamos conversar e nos entender. Não me conformo com certas decisões. Ao final do jogo eu volto para conversarmos."
Ele sai. Ela lê o bilhete. Sente no peito uma dorzinha que só as mulheres sentem quando são colocadas em segundo plano.
- Ele podia ter ficado. Poderíamos ter conversado agora e resolvido tudo. Eu podia até mudar a minha decisão, então veríamos o início da Copa juntos. E hoje ainda é dia dos namorados. Filho da puta! - pensou ela.
Do lado de fora do apartamento, ela coloca as malas, a mochila e as sacolas. E junto há um bilhete que diz assim:
- Depois não.
Ele irá entender quando ler.
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