Pedro (8
anos) conversa com sua mãe Elisa (33 anos)
– Mãe, cê já sabe em quem vai votar?
– Ih,
filho. Nem pensei nisso ainda.
– Mas, mãe, a eleição num
tá chegando?
– Tem tempo, filho. Eu
assisto o último debate e decido.
– Ah.....
….........................................
– E aí, mãe? Decidiu?
– Ah, filho. Eu achei a
candidata X muito boa. Concordo com a maioria das coisas que ela pensa. Mas ela
não tem a menor chance. Seria jogar meu voto fora. Essas outras aí são muito
feias. Como vão representar o Brasil? O que vão pensar das mulheres
brasileiras? O candidato Y parece que tem chance. Acho que vou apostar nele. Eu
quase sempre perco nas eleições. Quem sabe dessa vez eu acerto quem vai ganhar?
– Tem certeza?
– Acho que sim.
– Ah.......
…..............................................
– Mãe, posso entrar pra
votar com você?
– Claro, filho.
– Mãe, posso apertar os botões?
– Pode, filho. Tá aqui a cola no papel.
…..
– Filho, não é essa. A X
não tem chance. Para de brincadeira, Pedrinho. Não confirma. Não confirma.
Não...
– Foi mal aí, mãe. Você
ainda vai me agradecer.
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