Cada dia da nossa vida é de um jeito. Sem regras ou com regras.
De qualquer forma, nada é igual.
Aqui cada dia é dia de um texto diferente.
Quer sair da rotina? Fica com o Salada!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pequenas confissões - Texto 4 - O lado de dentro do muro

Por Amanda Leal



Minha confissão é pequena e como todos já sabem a minha história eu não irei me alongar muito. Meu nome é Joana. Há um tempo atrás, eu fui condenada por arquitetar a morte de duas pessoas que me eram muito ligadas, recebi ajuda do meu namorado na época. Achei que fôssemos conseguir uma boa grana com tudo isso e,como tudo mundo já sabe, eu fiquei sem nada.

Estou presa há uns quinze anos e desde o dia em que isso aconteceu nunca mais vi ninguém da minha família. Sei que eles têm seus motivos para não me procurar, na verdade eu não ligo muito se vou revê-los ou não. Eu quero é falar do agora. Agora eu estou presa e agora preciso muito me estabelecer aqui dentro. Nunca fui burra, desde que cheguei aqui sempre soube o jogo que iria fazer e como ia me segurar aqui dentro. Sobrevivi até então.

Faz pouco, conheci o amor da minha vida. Também julgava ter encontrado esse amor há quinze anos atrás, mas a distância e o tempo mudam a cabeça da gente. Só que na prisão eu tive que me adaptar, príncipe aqui, na verdade, é princesa e ao invés dele vir montado num cavalo branco, ela vem andando mesmo.

Quando olho para trás, eu vejo que tudo que vivi valeu a pena. Se eu não tivesse vivido tudo que vivi, feito tudo que fiz, talvez hoje eu jamais teria conhecido a minha princesa. Jamais viveria o amor de verdade.

Aqui no presídio é tudo diferente. É que nem na novela, você cria uma vida, mas o real mesmo te espera lá fora. Pode ser que eu nem saia daqui viva, mas pode ser que um dia eu esteja do outro lado do muro, no mundo real. E lá a vida que eu quero pra mim é bem diferente dessa daqui. A gente se adapta ao momento, mas dizer que gosta do que vive aqui é um pouco forçado da minha parte, você não acha?

Você joga o jogo que precisa jogar, até quando precisar jogar. Depois você muda, se arrepende, chora, fica calada. Acusa os outros ou simplesmente alega insanidade. Tem gente que diz que a cadeia cura, transforma e faz com que você se regenere. Na minha opinião, o que eu comecei lá fora só se aperfeiçoou aqui dentro.

Se não há arrependimento verdadeiro não há mudança, uma vez uma detenta me falou isso. Você só se arrepende quando julga o que fez como errado. Na minha cabeça eu tô certa. Sempre estive. Tive meus motivos para tudo o que fiz e ainda tenho motivos para o que faço. E quanto mais as pessoas me julgam como fraca, é ai que eu fico mais forte.


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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pequenas confissões - Texto 3 - O caso da difícil senhora

Por Amanda Leal




Era uma vez uma história...Uma história que é minha mesmo. Já faz uns cinco anos que eu, recém - separada fui obrigada a me mudar. Isso não estava nos meus planos já que eu amava o meu apartamento anterior, nunca gostei de prédio pequeno e amava o play. Minha filha, Luana, podia brincar sem eu ter que ficar que nem doida atrás dela, era só descer que lá estavam ela e suas amiguinhas.

Eu sou o tipo de mãe atenta, que não deixa criança solta e nem marido, mas no caso do Osvaldo a coisa já não tinha mais jeito. Eram duas cabeças completamente diferentes: a minha e a dele. A coisa terminou de vez quando eu joguei fora toda a coleção de carrinhos de época que ele tinha, um bando de coisa antiga ocupando espaço. Comigo não tem essa, se eu tenho um problema eu vou lá e resolvo. Simples assim. E foi assim que nos separamos. Simples assim.

Infelizmente, resolver um problema me arrumou outro, pois tivemos que vender o apartamento e nos mudar (eu e Luana) para um menor. Essa coisa de separação é assim mesmo, te faz abrir mão de um monte de coisas que você gosta e já de outras, você dá graças a Deus por ter se livrado.

Mudamos para um quarto e sala, prédio antigo, mas jeitoso. Foram dois anos morando lá tranquilamente, o prédio era bem família, só dez apartamentos, maioria com idosos e mães solteiras. Acho que mudei para o lugar certo, não? Minha vizinha dona Lalá era muito tranquila em seu dia a dia, mas tinha um gênio e tanto.  

A empregada ficava com ela todos os dias de 8 ás 16:00, as duas viraram amigas e ficavam pra cima e pra baixo juntas, o filho de dona Lalá só visitava a mãe nos finais de semana, ele era gay e ela não aceitava. Vivia berrando com ele quando o via no jornal com seu namorado, um famoso promoter da noite carioca. Eu já vi o filho dela sair chorando de lá algumas vezes. Dava dó do coitado. Dona Lalá era assim, cheia de si, muito ranzinza e nunca dava o braço a torcer. Ao mesmo tempo em que sua casa era tranquila, encontrar com ela podia render uma briga de horas, por nada.

E no terceiro ano que eu e Luana estávamos morando lá, o prédio recebeu uma proposta de compra, uma construtora se interessou pelo local e fez uma oferta. Todos aceitaram, menos a dona Lalá. Isso gerou uma briga enorme, nos corredores era só discussão, ninguém queria a velha morando mais ali. - Como que ela podia rejeitar um milhão de reais e prejudicar os outros inquilinos? – dizia o síndico revoltado.  – Essa velha já está com a cara no caixão e quer prejudicar quem ainda tem muita vida pela frente? – gritou a novinha do 406.

A verdade é que dona Lalá já estava com os dias contados. Rolavam boatos de que ela não queria vender seu apartamento para não ter que deixar uma boa herança para o filho. – Mas que mãe é essa? – Pensei eu.  Durante os seis meses em que a construtora nos deu para resolver o caso amigavelmente, dona Lalá sofreu com xingamentos, tentativas de conversas civilizadas, macumbas e rituais estranhos feitos na porta de seu apartamento, até pastores do ratatá e padres exorcistas foram chamados para tirar o demônio que fazia dona Lalá não assinar o papel da venda. Muita coisa aconteceu, até sequestrada a velha foi.

Então, faltando uma semana para completar o sexto mês, dona Lalá apareceu morta. Todos que ainda estavam dormindo acordaram com o grito de sua empregada as 8 da manhã. Os que ainda tomavam banho ou desfrutavam do seu café da manhã se assustaram e corriam como podiam para ver o que estava havendo. A polícia foi chamada e semanas depois o prédio foi vendido.

Aparentemente, Dona Lalá morreu de causas naturais. Aparentemente, o filho não via a mãe há quase um mês. Aparentemente, todos estavam felizes. Mas, se eu te disser que no dia anterior a morte de Dona Lalá, quando eu fui botar o lixo fora, dei de cara com o tal promoter que namora o filho dela saindo do apartamento, você iria acreditar? Pois é a pura verdade. Só vou te dizer mais uma coisa, no enterro de dona Lalá estavam todos. Inclusive eu e o promoter. Quando nos encontramos, demos um oi simpático e um olhar cúmplice. Ao menos o problema estava resolvido. 


 Eu não tinha feito nada e também não tinha certeza se ele havia matado a difícil senhora.Difícil mesmo foi dormir nos dias seguintes ao enterro. Com o tempo, já na casa nova, um apartamento em um condomínio bem legal com play e piscina, até me esqueci de tudo. Mas ainda me pego pensando se o promoter tem problemas de sono. 


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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Bips e Bops

Por Bernardo Sardinha 






Escutei o salto da médica martelar firme o chão do corredor em meio aos bips e bops das máquinas do CTI.

Passava os dias me perguntando aonde tinha errado, o que eu tinha feito, para não ter uma visita sequer.

A enfermeira me disse que nos três dias em que passei em coma ninguém veio me visitar e por mais três dias fiquei abandonado à própria sorte.

Com a soma nociva de solidão e remédios pesados para dor, não estranhei quando o monitor cardíaco e os aparelhos que limpavam meu sangue começaram a trocar xingamentos.

Era um "Seu filha Bop da puta!" para lá, "Bip veado Bip" para cá.... 

Por tédio, embarquei na minha loucura e imediatamente mandei eles fazerem as pazes. Era apenas um desentendimento bobo sobre qual enfermeira era a mais gostosa, e a cada dose de morfina as conversas ficavam mais animadas e divertidas.

Quando o monitor cardíaco no meio do turno da noite, disse que a médica de plantão era do tipo que "fode gritando", não me contive e eu dei uma gargalhada bem alta.

Imediatamente a tal médica entrou com o cenho cerrado e me perguntou o que estava acontecendo. Diante do meu descontrole, sussurrei engasgado:

- "O monitor..."

Entendendo que eu estava reclamando do som dos aparelhos, a médica de sobrancelhas grossas cruzou a minha frente martelando seu salto alto e, prontamente, tirou o som dos meus únicos amigos.





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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Positivo

Por Marcela de Holanda



Era um jardim sem fim. As árvores davam chocolates de todos os sabores. O sol brilhava, mas a gente não derretia. Flocos de neve caíam magicamente de nuvem nenhuma e deslizavam pela nossa pele como um carinho do céu. Conforme a gente corria, a grama mudava de cor. Cem pássaros cantavam a nossa canção. Chegamos a um rio. Em meio a suas águas, vimos nossas lágrimas ao longo do tempo derramadas carregadas com as dores passadas sendo levadas pela correnteza para bem longe. Gargalhamos embriagados um do outro e ficamos tão leves que nossos pés não tocavam mais o chão. Era um abraço sem fim. Era um não saber mais onde começava e onde terminava. Era dia e era noite. Era agora e era para sempre. Era você e eu.



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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Manual de bolso do McGyver para usos de clipes de papel

Por Rec Haddock

1.    Arrombamento de fechaduras;
2.    Coloque um elástico atravessado e use-o como estilingue;
3.    Paleta de violão;
4.    Chave de compartimento de chip do iPhone;
5.    Assistente do Word 97;
6.    Prova para tribos não civilizadas que a sua sociedade sabe trabalhar em plástico e metal;
7.    Juntos formam uma boa corda para fuga da prisão;
8.    Sob pés de móveis impede trepidações causadas por desníveis no solo;
9.    Enfiados em uma borracha, explodem tomadas (com segurança!);
10. Limpar cera dos ouvidos;
11. Design de torre futurista;
12. Abertos, no chão, servem como armadilhas para ladrões que querem invadir sua casa quando você foi esquecido nela pela sua família no Natal;
13. Preso em rabo de gato fornece uma boa diversão sádica;
14. Grampo de cabelo;
15. Abertos e unidos com chiclete são uma boa antena de TV;
16. Enfiados no buraco do parafuso seguram a haste de um óculos quebrado no lugar;
17. Cordão hippie escolar;
18. Anexado aos dois lugares onde se abre um fecho-éclair impede que ladrões abram sua bolsa sem que você perceba (e te causam dificuldades quando você mesmo quer abrir a sua bolsa);
19. Tema de pintura neocubista;
20. Presos em outros em todos os lados formam uma rede que impede que você afunde em areia movediça ou águas pantanosas;
21. Mosquetão;
22. Espigão para cabeça de Ratos (mantenha-os fora do seu reino!);
23. Palito de dentes (cuidado com a gengiva);
24. Chave de fenda;
25. Limpar sujeira debaixo das unhas;
26. Abotoaduras;
27. Esvaziador de pneus;
28. Flores de artesanato;
29. Fechar sacos de lixo;
30. Moldura de quadro pequenino;
31. Seta;
32. Anzol;
33. Alargador de cordão;
34. Chaveiro;
35. Prender fones de ouvido na camisa, para que eles não fiquem presos em outras coisas quando você se mexer e machucar o ouvido quando o filho da puta do fone sair;
36. É um instrumento de tortura, se enfiado entre a unha e o dedo;
37. Marcador de páginas;
38. Gravata de Hamster;
39. Presos uns nos outros viram uma cota de malha medieval de um guerreiro bem pobre;
40. Consertar Havaianas arrebentadas;
41. Preso em outros por todos os lados dão uma boa rede de pesca;
42. Pingente de cordão;
43. Agulha de bússola;
44. Quebrando um na metade, você ganha um grampo;
45. Usado na ponta da pulseira do relógio, substitui a presilha;
46. Aumentador de cílios;
47. Vários perfazem uma espiral de caderno;
48. Aberto, serve para furar papelão;
49. Rede de dormir;
50. Piercieng;
51. Raspador de raspadinha (já deu a sua hoje?);
52. Fazer uma cortina que não impede a luz de entrar, mas impede pessoas (ligue a cortina na tomada);
53. Coleira;
54. Use para abrir embalagens de CDs e DVDs e Blu-Rays;
55. Junte alguns e faça um garfo;
56. Prende apontamentos em quadros de cortiça;
57. Ponta de caneta tinteiro;
58. Pregador de roupas no varal;
59. Fazer um puxador de descarga de cordinha;
60. Porta chuquinha de cabelo;
61. Tirar sujeiras das reentrâncias das solas dos sapatos;
62. Quando estiver fedendo, tampe o nariz com um clipe;
63. Prenda num chumaço de grana e num barbante e pesque pessoas interesseiras;
64. Jogar o jogo de achar Clips no fundo da piscina;
65. Fazer o símbolo do infinito;
66. Prender a bainha não costurada das calças;
67. Use clipes pinicando outras pessoas e se transforme em um pentelho irritante;
68. Abridor de copo de Guaravita;
69. Se prepare para ser um pirata furando um olho com um clipe (não deixe de garantir seu tapa-olho);
70. Aplicador de cola em locais pequeninos;
71. Use-o para prender fios e cabos e impeça que vire tudo uma grande bagunça;
72. Rede de vôlei;
73. Mate piolhos esmagando-os com seu clipe;
74. Enlouqueça seu pai arrancando porções homeopáticas de tinta das paredes de casa;
75. Personalize sua borracha furando seu nome nela com o clipe;
76. Espete várias folhas de isopor umas nas outras e faça a estrutura de sua maquete de níveis do solo;
77. Cole vários abertos no topo do seu muro para impedir que bandidos invadam sua propriedade (com tétano são mais eficientes);
78. Pendure fotos (reveladas) com clipes em uma teia de cordinhas coloridas no seu quarto e mantenha suas memórias vivas na retina;
79. Faça um terço com vários entremeados e o dê para sua tia solteirona;
80. Ensine pros seus alunos pequenos o que é um clipe;
81. Cobra de artesanato;
82. Coçar dentro do gesso (!);
83. Espetinho de churrasco (certifique-se de utilizar uma luva térmica, em conjunto);
84. Segurar um laço;
85. Aplicar uma das 200 formas babacas de acordar o seu irmão;
86. Manter os olhos do Alex Legrange abertos;
87. Limpar a escova de dentes;
88. Tirar a ponta do lápis de dentro do apontador;
89. Limpar a cola das mãos;
90. Espremer uma espinha;
91. Desentupir arminhas d'água;
92. Envolva seu dente mole com um clipe e o arranque com velocidade e pressão;
93. Substituir um ponteiro quebrado de relógio de parede;
94. Usar como anilha na academia;
95. Prender flores em um lindo arranjo;
96. Escrever na terra ou na areia que o REC É LINDO (!!!);
97. Jogar cuspe de clipe à distância com seus amigos;
98. Fazer uma mini miniatura da torre Eiffel;
99. Consertar a tampa de uma caneta;
100.   Fio de varal para roupas metalizadas;
101.   Provar pra sua avó que você sabe o que é um clipe, quando ela duvidar;
102.   Prender uma cortina no varão;
103.   Fazer de brinco de pressão;
104.   Fazer luminárias suspensas com vários clipes presos uns aos outros;
105.   Grades do Hell in The Cell do WWE;
106.   Mini régua;
107.   Remoldá-los para dar suas aulas de geometria espacial para o meninos e meninas do 5º ano fundamental;
108.   Portas chiques em maquetes;
109.   Faça uma corda pro balde do poço dos seus inimigos;
110.   Atraia imãs;
111.   Pendurar uns chaveiros e fazer um móbile;
112.   Prenda o cadarço dos sapatos com clipes, se não puder amarrá-los;
113.   Dois desdobrados viram palitos pra comida japonesa pouquíssimo funcionais;
114.   Cavar o chão da sua cela da prisão e produzir um túnel para a liberdade;
115.   Âncora de barquinho de papel;
116.   Prenda morcegos no cabelo e grite que fogo nenhum vai te consumir, porque a bruxaria é mais forte;
117.   Enfiar no seu TIM para ver se ele pega sinal (não funciona, mas a TIM merece propaganda negativa);
118.   Corda de pular;
119.   Não usar como clipe de papel, e discutir o niilismo através disto no enredo de um filme ruim;
120.   Tirar meleca do nariz;
121.   Desentupir ralo;
122.   Artefato explosivo de bolas de encher;
123.   Marcador de escravos e boiadas;
124.   Juntando vários em círculos, temos porta-copos;
125.   Cabelos de bonecos de papelão;
126.   Pinça;
127.   Ganchos para segurar itens pequenos;
128.   Neurônios do Homem de Lata;
129.   Molde de massinha (para as crianças, só de plástico!);
130.   Curral de formigas;
131.   Verso de pin;
132.   Desobstruir frascos de spray e tubos de cola;
133.   Ejetar um CD do computador;
134.   Espetinhos de queijo e azeitonas;
135.   Enfeites de árvores de Natal
136.   Suporte de calendário;
137.   Alfinete de segurança de emergência;
138.   Cortador de morangos;
139.   Araminho de saco de pão;
140.   Prender o biquíni com fecho ruim;
141.   Grampo de gravata;
142.   Se alguém morre, mas não é cremado, você pode jogar os clipes de papel do defunto em um local significativo para vocês;
143.   Coce as costas com um aberto;
144.   Porta-incensos;
145.   Sapatos de neve para os hamsters dos esquimós;
146.   Saca-rolhas;
147.   Pentelhos de uma sex-machine;
148.   Tala para dedos luxados;
149.   Mini catapulta;
150.   Peso no nariz de aviõezinhos de papel;
151.   Suporte de cartão de visitas, presos num barbante;
152.   Coloque um na sua série da academia e nunca mais fique 500 anos procurando-a;
153.   Mini pé-de-cabra;
154.   Limpador de cachimbo;
155.   Fusível de emergência;
156.   Segurar o escapamento do seu carro velho, amor, (porque andar a pé é lenha);
157.   O fim da liberdade de um passarinho, preso por uma corrente de clipes na patinha;
158.   O pesadelo dos seguranças de aeroporto;
159.   Trilhos da sua maquete de ferrovia da época da política do café com leite;
160.   Usar como dentes de vampiro metálicos pra atrair vampiras gatinhas;
161.   Carregador do seu canhão em miniatura;
162.   Usar como pistas do caminho de volta para fora do labirinto;
163.   Parte integrante registrada do chocalho do maternal (dentro da lata de refrigerante lacrada);
164.   Um parquinho para moscas;
165.   Correntes para as latas do carro dos noivos;
166.   Escovinha de limpeza de teclado de computador;
167.   Pincel pontilhista;
168.   Desobstrutor de saleiro e pimenteiro;
169.   Porta-crachá;
170.   Cartão fofo de dia dos namorados, se dobrado em forma de coração (arranje o namorado primeiro. Se tentar arranjar o namorado assim é fracasso);
171.   Cabide para casa de bonecas;
172.   Utensílio de decupagem;
173.   Dardo de zarabatana;
174.   Suporte de Smartphone;
175.   Para-raios de baratas;
176.   Abridor de cartas;
177.   Segurar o fim do cinto quando ele está muito comprido;
178.   Se unido a um barbante, e um lápis, vira um compasso;
179.   Aquecido, ele derrete a manteiga congelada (que é a origem de todo o mal do mundo) impossível de se passar no pão de forma;
180.   Fazer pulgas saltarem por dentro dele no seu Gran Circo de Pulgitas;
181.   Se for oco, você pode usar como canudo;
182.   Faça marcos nos canais com eles, para que os comandantes de navios saibam que aquelas águas são seguras (ou faça marcos falsos para encalhar seus inimigos e atacá-los);
183.   Palito perigoso de picolé;
184.   Golzinhos de dedobol;
185.   Deixe ele aberto na sua mesa de estudo, com a ponta para cima, e sempre que você estiver cabeceando de sono, ele vai te manter acordado e estudando;
186.   Misturador de Drinks
187.   Um realmente grande, serve como uma destas antenas de celular gigantescas que vemos nas estradas;
188.   Um consolo incapaz de consolar;
189.   Um chicote com pontas de clipes afiadas;
190.   Amassá-lo com raiva para se acalmar;
191.   Pino de dobradiça de porta;
192.   Espeto para mini marshmallow, para derreter na sua vela de aniversário;
193.   Combustível de carro movido a clipes de papel;
194.   Dá para fazer mágica com clipes, mas você vai ter que descobrir como sozinho;
195.   Abrir algemas;
196.   Moeda do Reino do Clipestão;
197.   Aqueça para transformar em baby-liss;
198.   Faça um piquete na sua janela para que pombos não pousem nela;
199.   Colecione-os;
200. Forçar a criatividade e a imaginação e produzir uma lista com 200 usos desse troço.




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